Mais uma de Toyo


Como um fio de seda enrola-se num casulo. Assim é a luminária Mayuhana, na criação de Toyo Ito. Filamentos delgados (fibra de vidro) são tramados sobre molde, resultando numa forma orgânica de extrema beleza e leveza, que projeta sombras ao redor do difusor ao mesmo tempo em que proporciona uma luz suave, como a de uma lanterna de papel japonês.

O japonês Toyo Ito, um dos maiores expoentes da arquitetura contemporânea, tem atuado no design de produtos e trazido ao mercado peças de extrema poesia, que buscam misturar o mundo físico e o virtual. Formado pela Universidade de Tóquio em 1965, já no ano de 1971 estabeleceu-se em estúdio próprio, na época chamado Urban Robot. Desde então o arquiteto vem se destacando pela criação de novos conceitos para a vida nas cidades modernas, através de projetos de edifícios públicos e experimentos extremamente conceituais, como a Torre dos Ventos, no qual propõe um exercício artístico e científico dos conceitos do efêmero e do nomadismo urbano. Seus projetos refletem sua busca pela mistura entre o mundo físico e o virtual.

Ito considera que em nosso tempo há um espaço urbano imaginário, uma colagem de fragmentos formada pela nossa experiência do mundo tecnológico e virtual, que coexiste com o espaço real. O resultado são edifícios que tornaram-se verdadeiros marcos nas cidades dos quatro cantos do mundo, como a Midiateca de Sendai, os edifícios Tod's em Omotesando e Mikimoto em Ginza (ambos em Tóquio) e a Serpentine Gallery de Londres. O arquiteto tem recebido diversos prêmios por seus brilhantes projetos, quer seja de arquitetura ou de design de produtos, como o Compasso d'Oro recebido em 2004, e tem colaborado com diversas empresas do mercado internacional de móveis e iluminação.


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