Dupla homenagem

 
 
 
 
 
 
Se tem uma coisa da qual a gaúcha de Santo Cristo Schuster deve se orgulhar é do respeito e interesse que tem pelos profissionais  de ontem e de hoje que transformaram - e transformam -  o mobiliário em peça chave na decoração. Isso sem perder contato com bom gosto, ergonomia e boa exploração de materiais.
E homenagens, belas homenagens. Como o fez com  Bernardo Figueiredo, figura apaixonante do cenário de arquitetura e design no país. Formado em Arquitetura em 1957 pela faculdade Nacional de Arquitetura do Rio de Janeiro, Figueiredo começou a desenhar móveis quando ainda estudante. Trabalhou com Sérgio Rodrigues  na Oca, de quem tem forte influência, e conviveu com o querido Joaquim Tenreiro, um dos pioneiros do design de mobiliário do Brasil.
Figueiredo começou a desenhar móveis que valorizavam os materiais brasileiros - o couro, o jacarandá,  a palhinha. Já nos anos 1960 criou e produziu sua primeira coleção. Desenhou o mobiliário do Palácio dos Arcos, em Brasília .Continua atuando, no alto de seus 80 anos, quase todos eles dedicados ao bom desenho de prédios - sua especialidade são os shopping-centers -  e peças atemporais, hoje reeditadas  com orgulho pela Schuster.
Bancos Rodeo e Toti, Cadeira Viky, poltronas Ipanema e  Rio, sofás Brasileiro,  Conversadeir e Deck - esse com um ganho de cor, única intervenção da empresa - são algumas delas. E todas da mais pura inspiração nacional: banco Rodeo veio de uma viagem ao Rio Grande do Sul e da maneira com que o gaúcho sentava sossegadamente para tomar seu chimarrão - um assento de couro conforma a proposta de conforto. Banco Toti lembra um cubo imaginário construído em madeira e palha. A cadeira  Bahia foi projetada após uma viagem a Salvador e sua cadeiras de espaldar alto. Ipanema parece levitar, enquanto a Rio traz curvas arredondadas e leves. O sofá Brasileiro virou um ícone dos anos 1960, com sua estrutura completamente inusitada, enquanto o Conversadeira facilitava as longas e importantes conversas do Palácio  e o Deck traz o despojamento do bem viver brasileiro, fazendo as vezes de sofá e mesa lateral.  E bastou uma viagem a Copenhagen para que surgisse a cadeira Viky, pura inspiração no mais puro design dinamarquês - mas adaptado aos trópicos, claro.
A Schuster é assim: mostra o que temos de melhor,  de hoje e de ontem. Aposta nos novos nomes e homenageia os já vencedores. O que é novo e o que não se perde no tempo.
Belo exemplo a ser seguido! Dupla homenagem que fazemos, ao homem e à empresa!

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