Design...ou arte?






E hoje é dia de Fernando Mendes por aqui. Fernando Mendes de Almeida nasceu em 1965, cursou Desenho Industrial na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Arquitetura e Urbanismo nas Faculdades Integradas Bennett . Trabalhou no escritório de Sergio Rodrigues por sete anos, entre 1993 e 2000. Precisa dizer mais?
E o que tem para mostrar?
A cadeira foi desenhada para Renata, mulher de Fernando. Seu grande desafio foi encontrar uma estrutura funcional, confortável, delicada e, mais importante que tudo, uma estrutura que fosse bela e feminina, e não havia chance de errar! Na finalização da cadeira, um imprevisto. Ao montar o assento e o encosto nas posições idealizadas no projeto, o designer percebe que a cadeira tinha um ar comum. A solução veio da inversão da posição do assento - jogando para a frente a borda que era originalmente para trás. A peça ficou mais graciosa, e então o mesmo foi feito com o encosto... mais uma boa surpresa e a cadeira estava pronta! 
Já o banco Antonio é pequeno e leve, construído somente com peças torneadas: assento, três pés e duas travessas. Com altura de 43 cm, semelhante à altura do assento de uma cadeira, é uma peça coringa que pode ser usada para mais um lugar à mesa, apoio para o jornal ao lado da poltrona ou para apoiar os pés. O furo no centro do assento funciona como a alça para carregar o banco. O nome foi escolhido em homenagem ao exímio torneiro português Antonio Fernandes da Rocha, que por mais de dez anos fez todo o serviço de tornearia das peças do designer.
Apaixonado pelos encaixes da marcenaria, Fernando Mendes desenhou uma poltrona que evidenciava um dos mais clássicos, o malhete, ou rabo de andorinha, normalmente utilizado nas gavetas. Criou uma peça que trazia o encaixe na frente, em destaque, unindo o pé dianteiro com o braço. O restante da poltrona foi conseqüência desse ponto de partida. Um dia, apresentou os esboços da poltrona para um casal de clientes, Mary e Zuenir Ventura, que aprovaram e encomendaram o primeiro par. Estava batizada a poltrona: Ventura.
Em comum? Quase uma escultura, dessas que a gente se pega pensando: design...ou arte? Ah, as peças são todas em madeira maciça. 



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