A Lanchonete da Cidade usa elementos brasileiros para criar a sua identidade, o projeto segue a principal recomendação que os proprietários fizeram as arquitetas Carla Caffé e Ana Carolina Tonetti, que a arquitetura fugisse dos símbolos e ícones americanizados.
"Definitivamente, eles não queriam uma lanchonete do tipo americana", explica Carla. O objetivo principal era resgatar o que havia de mais brasileiro na arte de fazer sanduíches, o que levou as arquitetas a realizarem uma extensa pesquisa de época. A própria palavra lanchonete também foi um resgate. "Começamos a ir atrás do que seria uma casa de lanches dos fins da década de 50, início da de 60, e encontramos valiosos exemplares, alguns de portas fechadas", diz Carla.
Dessa pesquisa foram surgindo vários elementos que brincava com cores e acabamentos sem medo, um dos destaques do projeto são os Cobogós ou elementos vazados da Cerâmica Martins, revestimento típico brasileiro, marcante na arquitetura dos anos de 1930, que se transformou na identidade da lanchonete da cidade. A cor escolhida foi a amarela, que significa , luz, calor, descontração, otimismo e alegria. O amarelo simboliza o sol, o verão, a prosperidade e a felicidade. "É a arquitetura das curvas, colorida, iluminada e bem arejada", conclui Carla.
Arquitetura e ambientação: Carla Caffé e Ana Carolina Tonetti, com Rodolfo Yamamoto e Aline Stievanno (Glycerio Tonetti Arquitetos)
Arquitetura das áreas técnicas: Ana Luiza
Carvalho do Amaral - Carvalho e Silveira.
Comentários